... A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
- Por favor ... cativa-me! – disse ela.
- Eu até gostaria – disse o principezinho -, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. – Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.
- É preciso ser paciente – respondeu a raposa. – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olh perto...arei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto.
No dia seguinte o príncipe voltou.
- Teria sido melhor se voltasses à mesma hora – disse a raposa. – Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! (...) Assim o pequeno príncipe cativou a raposa.
Queria agradecer a amizade das minhas amigas blogueiras. Sou cativada diariamente por palavras de carinho. A sensação é que conheço cada uma. Tive a honra de conhecer algumas pessoalmente. Agradeço a Deus a oportunidade de encontrar pessoas fantásticas por aqui.
Texto: trechos O Pequeno Príncipe
Fotos: orquídeas do meu jardim
Beijos
Lella